Organização Social

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Detalhes

  • Categoria: Sociologia
  • Autores: (Desconhecido)
  • Quantidade de Páginas: 14
  • Data de Inclusão: 20/06/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 108 KB

Costuma-se definir comunidade por meio de quatro características principais: Nitidez- são os limites territoriais da comunidade, ou seja, onde ela começa e onde termina do ponto de vista espacial- geográfico; Pequenez- a comunidade é uma unidade de pequenas dimensões, limitando-se quase sempre a uma aldeia ou conjunto de aldeias; Homogeneidade- as atividades desenvolvidas por pessoas de mesmo sexo e faixa de idade, assim como seu estado de espírito são muito parecidos entre si; o modo de vida de uma geração é semelhante ao da precedente; Relações pessoais- em uma comunidade, as pessoas se relacionam por meio de vínculos pessoais, direitos e geralmente de caráter afetivo ou emocional. Ao mesmo tempo, a pequena comunidade cultiva uma forma de vida que acompanha seus membros do berço ao túmulo. A proximidade física entre as pessoas, que a vida em pequenas comunidades proporciona, permite vínculos mais significativos entre elas e, portanto, um maior sentimento de solidariedade. Recentemente, o conceito de comunidade sofreu algumas transformações. Nas grandes cidades de todo o mundo assiste-se hoje à formação de tribos urbanas como os punks, os surfistas, os rappers, as guangues de periferia. São microgrupos cujos membros não têm outro objetivo senão o de estarem juntos. Ao lado deles surgem também grupos formados pelo contato virtual proporcionado por redes de computadores como a internet. A esses grupos tem-se aplicado - de uma forma talvez pouco apropriada - a expressão comunidades virtuais. Nessas novas ”comunidades” ocorre a inversão do processo de formação dos laços de afinidade social. Nas relações sociais tradicionais, quando conhecemos uma pessoa pela primeira vez, o encontro se dá, fisicamente, no ”mundo real”. A partir desse contato inicial, e à medida que vamos aprofundando o conhecimento, trocamos informações, identificamos pontos de vista comuns, criamos laços de afinidade. Nas comunidades virtuais, cuja comunicação é eletrônica, o processo é inverso. As primeiras interações são realizadas a partir de interesses comuns, previamente determinados. O encontro pessoal poderá se realizar no futuro, mas ele não é fundamental para o funcionamento da interatividade. Isso se torna evidente nos grupos de conversação da internet, quando pessoas entram em contato para discutir futebol, filosofia, música e outros temas sem nunca se terem visto ou pretenderem se encontrar. As tribos eletrônicas, que se formam no coração do ciber espaço, são expoentes de era tecnológica, que está promovendo o casamento entre a informática e as novas formas de sociabilidade pós-modernas. A presença física deixa de ser, assim, uma das pré-condições para a realização do contato.

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