O presente estudo tem o objetivo de oferecer subsídios filosóficos e teóricos para a elaboração de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento das habilidades socioemocionais nas instituições escolares. O paradigma da Pós-modernidade é apresentado e discutido, com base principalmente nas ideias de Edgar Morin, para situar as bases filosóficas que sustentaram a educação pós-iluminista, fragmentada e focada nos estoques cognitivos, e ancorar a transformação da escola na direção da construção do pensamento complexo e do desenvolvimento integral dos estudantes, caminhos fundamentais para a promoção da aprendizagem, sucesso escolar e progresso social na atualidade. As contribuições teóricas dos principais autores interacionistas – Piaget, Vygotsky e Wallon – lançam luzes para a compreensão do processo ensino-aprendizagem, enriquecida pela ótica da Psicopedagogia, representada por Alicia Fernàndez. As características de uma ação mediadora de qualidade (Feuerstein), a utilização de múltiplas linguagens para atingir as diferentes inteligências (Gardner) e os diferentes estilos cognitivo-afetivos (Fagali), bem como o potencial do jogo e da metáfora (Abed), explicitam caminhos concretos para o professor incluir, com intencionalidade, o desenvolvimento socioemocional na sua prática pedagógica. O “Fórum Internacional de Políticas Públicas”, ocorrido em março de 2014, serve como linha condutora para vislumbrar as tendências atuais acerca do tema. Nas considerações finais, reflete-se sobre as implicações da transformação do olhar em relação ao desenvolvimento humano e processo ensino-aprendizagem na prática do professor, principal protagonista na mudança do cenário educacional. Palavras-chave: habilidades socioemocionais, interacionismo, mediação da aprendizagem, Pós-modernidade
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