Propiciar um ensino de língua estrangeira, no caso deste estudo língua inglesa, centrado no aluno, tendo o foco na comunicação mediada pela interação, é uma preocupação atual dos lingüistas aplicados que se voltam para questões de ensino e aprendizagem. Mudanças significativas têm ocorrido na formação de professores para atender a esta demanda. Nesta perspectiva, os professores de línguas, segundo Moita Lopes (1996), não são mais os transmissores de conhecimento, e sim os profissionais que devem refletir e construir sua prática. Os alunos, por sua vez, deixam de ser passivos no processo e constroem sua interlíngua por meio da interação na língua alvo. No entanto, os professores enfrentam dificuldades e vivenciam conflitos em construir uma prática que atenda à perspectiva citada acima, que espelhe suas crenças e que atenda às expectativas dos alunos. Esta investigação, de natureza qualitativa, discute as percepções dos professores sobre interação, alguns aspectos de sua prática, a percepção dos alunos sobre a prática pedagógica dos professores e se há conflitos em relação ao processo interacional proposto nos contextos em que os participantes atuam. A discussão dos dados coletados é uma interpretação da pesquisadora que não pretende ser exaustiva e sim mostrar uma maneira de compreender os contextos pesquisados, contribuindo para o entendimento do que ocorre em salas de aula de língua inglesa. Os resultados apontam para uma conscientização por parte dos professores da importância da interação para a aquisição de uma língua estrangeira. Não obstante, eles enfrentam dificuldades e vivenciam conflitos ao desempenhar a prática que eles acreditam ser benéfica para o desenvolvimento dos alunos.
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