Tenho visto com certa preocupação, pessoas que sentem-se “desiludidas” com o trabalho, achando-se “injustiçadas” e “desmotivadas” e tendo uma atitude de fazer cada vez menos, dedicar-se cada vez menos economizar-se cada vez mais. Isso tem criado um círculo vicioso e muito perigoso. Quanto menos essas pessoas se dedicarem e se comprometerem, mais ficam à mercê de serem demitidas ou substituídas. É preciso repensar o trabalho. Trabalho não é castigo. Passamos no trabalho as oito melhores horas de cada dia e os 35 melhores anos de nossa vida, no mínimo. Temos que transformar as horas de trabalho em horas de crescimento, de desenvolvimento, de satisfação, de alegria. Uma atitude negativa em relação de trabalho é a própria morte em vida. Há pessoas que têm a ilusão de que elas devem fazer só o que gostam. Isso, me perdoem, não existe. É preciso gostar do que se faz. Essa idéia ingênua de fazer só que se gosta é sonhadora e irreal. Temos que fazer tudo o que pudermos, com nossa inteligência e vontade para gostar do que fazemos. Muitas vezes, isso pode significar transformar o limão em limonada, como se diz popularmente. Na idéia ingênua de fazer só que se gosta, ficam eternamente buscando uma coisa que lhes de ânimo, alegria, satisfação e, é claro, nunca encontram, pois nunca dedicam-se a gostar do que fazem, transformando o que fazem naquilo que lhes dá prazer, satisfação, crescimento, orgulho, etc. Ficar brigando com o trabalho o tempo todo é uma atitude insensata, insana, e só nos trará desilusões. É preciso repensar o trabalho como uma forma de realização pessoal e profissional e que no fundo são as mesma coisa, pois que somos reconhecidos na sociedade pelo que fazemos profissionalmente. Nesta semana, gostaria que você repensasse suas relações pessoais com o seu trabalho. Será que você não está procurando o impossível? Será que a solução não será dedicar-se mais, comprometer-se mais, procurando gostar do que faz ao invés de viver atrás do sonho de só fazer o que se gosta.
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