Desde o final da graduaÁ„o em HistÛria na Unicamp venho me ocupando em estudar o movimento estudantil brasileiro; de forma particular, a "crise" contempor‚nea de participaÁ„o polÌtica e o afastamento volunt·rio dos estudantes dos instrumentos institucionais de organizaÁ„o coletiva. Neste sentido, desde meados dos anos 80 procurei acompanhar o processo latente de perda de concepÁies militantes e identidade polÌtica muito caras ‡s articulaÁies e organizaÁ„o do movimento no passado; envolvendo-me com um percurso de pesquisas que acabou por eleger a dÈcada de 70 como objeto central de estudos. De forma paulatina, os anos 70 emergiram como um tempo de transformaÁies e de experiÍncias de "reconstruÁ„o" polÌtica que na medida em que procurava responder ‡s alteraÁies estruturais do ensino, da economia e da sociedade, revelava tambÈm aspectos de uma profunda ruptura de consensos e paradigmas polÌticos; uma trajetÛria de rompimentos e reafirmaÁies que tendia a se tornar cada vez mais "inteligÌvel" ao presente. A dÈcada de 70, neste caso, esconderia explicaÁies importantes do fenÙmeno de "reconstruÁ„o" e "crise" contempor‚nea do movimento ancorado sobre rupturas sociais, culturais e polÌticas que desde o golpe de 64 passavam a se colocar para o movimento.