Comecei a interessar-me pelo papel do clientelismo na vida política quando era estudante universitário e conheci, por intermédio de Robert Walcott, meu professor no College of Wooster [Faculdade de Wooster], as obras de Lewis Namier sobre as clientelas na Inglaterra do século XVIII. Anos depois, estudando o papel dos ingleses no Brasil, iniciei um levantamento sobre questões relacionadas à escravidão. Para tentar explicar a Abolição, tive que levar em conta a realidade política no Brasil, a atitude dos proprietários de escravos e as relações entre Estado e sociedade. Ao pesquisar a correspondência oficial e pessoal de líderes políticos - a maior parte da qual jamais havia sido consultada por historiadores -, percebi que sua maior e constante preocupação era o clientelismo. Daí, este livro. Para estudar a natureza da política brasileira no século XIX, recebi recursos da John Simon Guggenheim Foundation e do National Endowment for the Humanities, e atuei como Senior Fulbright-Hayes Research Fellow. A Universidade do Texas, em Austin, por meio do Instituto de Estudos Latino-Americanos e do Departamento de História, também contribuiu para o financiamento da viagem que precisei fazer para consulta aos arquivos brasileiros. Particularmente, William Glade, diretor do Instituto de Estudos Latino-Americanos, e Standish Meacham, chefe do Departamento de História, apoiaram as várias fases dessa pesquisa.
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