AAmazônia e o Nordeste, ao longo dos últimos cem anos, cnheceram seus grandes intérpretes, assim chamados aqueles ensaístas que tiveram dessas regiões uma visão de conjunto, em seus múltiplos aspectos fisiográficos e sociais. Cada um desses autores se ocupou de uma ou de outra região. O único a produzir obra de fôlego sobre ambas foi Euclides da Cunha, com Os Sertões e À margem da História. Curiosamente, um homem do Sudeste, que passou apenas alguns meses no Nordeste e na Amazônia. No primeiro, como correspondente de um jornal de São Paulo, durante a campanha de Canudos; na segunda, como engenheiro, a serviço do Itamarati, na demarcação da fronteira do Peru. Não obstante, escreveu dois livros magistrais, que se tornaram clássicos, embora o referente à Amazônia seja uma obra inacabada, esboço apenas do trabalho definitivo, com o título escolhido de Um Paraíso Perdido, que ficou no projeto. Ainda assim, preliminar e incompleto, o ensaio é uma das melhores tentativas de interpretação da região, transcorridos mais de noventa anos do seu lançamento.
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