A expansão da prática da capoeira nos anos sessenta e setenta está associada à concepção da capoeira como prática esportiva. Essa noção se fortalece com a inserção da capoeira enquanto modalidade de competição regida, naquela época, pela Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP). Neste cenário, tiveram início diversas tentativas no sentido de unificar a nomenclatura de golpes e os vários sistemas de graduações da capoeira. A partir dos anos noventa, ampliou-se a discussão no universo cultural da capoeira, possibilitando avanços em sua concepção esportiva. Atualmente a capoeira vem sendo pensada para além do rendimento e da competição. Algumas iniciativas do Ministério do Esporte vêm contribuindo para isso: ações como o Programa Esporte e Lazer da Cidade (PELC); o Pelc/Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) realizado em parceria com o Ministério da Justiça; e o Programa Segundo Tempo são exemplos de ações desenvolvidas em conjunto com governos estaduais e municipais que articulam o esporte, o lazer, a segurança, o trabalho e a educação. Além disso, a capoeira-esporte pode ser tratada na perspectiva escolar, em instituições de ensino e em espaços não-formais; na perspectiva de esporte educacional pedagogicamente orientado; na perspectiva de lazer, praticada de modo assistemático e voluntário, visando contribuir para o bem-estar e a integração dos praticantes na vida em comunidade e na construção da cidadania.
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