Os consumidores vêm assumindo um papel cada vez mais importante e ativo na sociedade. As organizações que crescem são as que mais os valorizam. Mas nem sempre foi assim. Algumas décadas atrás o mundo não contava com a disponibilidade tecnológica, a facilidade logística e a diversificação de produtos que existe hoje. O cliente, portanto, consumia aquilo que estava disponível, mesmo que não o satisfizesse. Com o surgimento de novos modelos e de produtos substitutos aos que existiam, o consumidor foi colocado em uma posição de destaque: é ele que decide pela manutenção ou não de determinado produto, marca, ou até mesmo de uma empresa no mercado. Nos Estados Unidos, gerações de consumidores passaram a definir os produtos mais cobiçados em determinadas épocas. Na década de 70, por exemplo, o forno de micro-ondas foi o item de consumo mais desejado, na década de 80 o vídeo-cassete, na década de 90 os computadores e a internet, e na década atual os celulares com toda a convergência tecnológica que se puder agregar. A globalização, por sua vez, passou a disponibilizar essa gama de produtos para os quatro cantos do mundo e, com isso, passou lentamente a impor padrões que passaram a moldar os desejos do consumidor. Empresas de tecnologia de ponta vendem hoje não o que o cliente deseja, mas o que ele vai desejar. Nesta nova ordem mercadológica mundial, o produto não vende mais a si mesmo. Os serviços deixaram de ser agregados e passaram a ser parte integrante do pacote que vai proporcionar a venda. Neste novo cenário, nunca criatividade e inovação – duas das mais importantes qualidades empreendedoras – foram tão exigidas das empresas e dos profissionais. No século XXI, o mundo já não tem a mesma divisão e o mesmo desenho social, político e econômico que tinha 50 anos atrás. Esta nova ordem mundial – inclusive alavancada pela maior crise financeira do mundo moderno – tende a mudar profundamente as relações entre os chamados países desenvolvidos, países emergentes e aqueles que estão trabalhando para participar deste processo de integração econômica mundial que, tudo indica, não tem mais volta. A única certeza estável, não há dúvida, é a mudança, e nós devemos nos preparar ao máximo para esta realidade.
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