Este artigo visa a analisar o período de transição entre o consenso ‘milliano’ e o consenso ‘marshalliano’ e a explicitar em que medida os debates ocorridos no decorrer das décadas de 1870 e 1880 ajudaram a moldar as concepções de Marshall. Argumenta-se que nestas décadas três correntes desafiaram e contribuíram para abalar a hegemonia da Economia Clássica: a crítica teórica, a crítica dos defensores do método histórico, e a crítica proveniente dos humanistas. Argumenta-se ainda que Marshall respondeu a estas críticas, ora incorporando-as, ora rechaçando-as e com isso conseguiu forjar um novo consenso – que iria a fornecer as bases para a prática de toda a geração de economistas que seguiu.
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