O artigo discute a importância e o impacto das danças solos de Eros Volúsia chamando a atenção para a operação “antropofágica” que esta realizou em sua dança em relação às referências culturais estrangeiras e as nacionais. Além de analisar as danças solos de Volúsia e a construção de um “bailado nacional” a partir da mestiçagem de elementos da cultura européia, negra e indígena, com ecos de uma ideologia política nacionalista vigente neste período histórico do Brasil, o artigo estabelece relações entre a pioneira solista moderna e o trabalho solo “Samba do crioulo doido”, de Luiz de Abreu, um artista brasileiro da atualidade na dança contemporânea, em sua crítica ao tema tão caro a Volúsia: brasilidade e, por extensão, a imagem da mulher brasileira relacionada à sensualidade e malevolência.
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