A necessidade de compreender e analisar a dança, enquanto possível construtora de conhecimento em corpos com deficiência intelectual e a partir desta dança, contribuir para a edificação da autonomia destes corpos, a autora busca verificar numa perspectiva transdisciplinar, entre as áreas de dança, educação e saúde, a relevância da dança na construção deste ser cidadão e autônomo. Possibilitando a revisão e a quebra de paradigmas que entendem estes corpos como incapazes de autogerenciar suas vidas. As perspectivas de inclusão social abrem espaço para novos olhares e novas atitudes voltadas para os corpos com deficiência intelectual. Entre as idéias presentes nos três capítulos, a dissertação traz à cena a discussão acerca da deficiência intelectual, do corpo e da dança em prol da construção da autonomia desses corpos e para dialogar com esta tríade, autores como Santos (1996), Correia (2004/2007), Mazzota (1996), e Sassaki (2004) trazem questões sobre deficiência em um contexto geral, social, cultural, artística e educacional, Damásio (2002), Lakoff e Johnson (1999) e Llinás (2002) aparecem idéias sobre a organização sensório-motora e a construção do movimento, enquanto Greiner e Katz apresentam as questões referentes à teoria do Corpomídia na busca de um entendimento de corpo que ao dançar elabora as informações que vem do ambiente num diálogo contínuo. Este aporte teórico aponta para um entendimento de corpo como uma construção que se faz num diálogo ininterrupto entre corpo e ambiente a partir do compartilhamento de informações.
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