O frevo de Recife chamou minha atenção do ponto de vista pedagógico por inúmeros aspectos, como articulação, ritmo e gingado. Estabeleci os primeiros diálogos entre meu instrumento, o violoncelo, e este rico gênero musical muito naturalmente. O aprendizado de frevos tradicionais, performances e conversas com colegas e alunos do Departamento de Música da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) me estimularam a compor o “Frevo do Acaso”, aqui em versão para duo de violino e violoncelo. Com isso, percebi que o processo de aprendizado desta linguagem pode ser adequado para qualquer instrumentista de cordas friccionadas. Para a execução do frevo é necessária uma desenvultura técnica considerável. Todavia, interpreto esses obstáculos como uma boa oportunidade para aprender a desenvolver soluções pouco convencionais, porém necessárias para uma execução satisfatória de qualquer repertório.
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