A Dança Expressionista alemã se contextualiza nos acontecimentos do século XX período de desenvolvimento das vanguardas artísticas que apresentavam a estética do “moderno” com os movimentos do Expressionismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo. Estas manifestações artísticas refletiam anseios de uma crise no cenário políticosocial, em uma sociedade já industrializada e massificada se estabelece uma geração que idealizava uma nova filosofia de vida que não fosse voltada aos automatismos do corpo e da vida. Para o corpo surgiram inúmeras práticas voltadas à atividade física que visavam o movimento expressivo, acreditavam ser um exercício fundamental, para compensar a alienação (física) que consideravam viver. François Delsarte havia desenvolvido uma pesquisa sobre as formas de expressão corporal humana, considerando que “o gesto era o agente da alma”, veio a influenciar Isadora Duncan que incorporou o trabalho de Delsarte à linguagem de sua dança. Essa bailarina que buscava o movimento livre, expressão da alma em oposição aos modos de vida da época em que o indivíduo mantinha padrões de movimento determinados pela mão de obra na produção das fábricas. Emile Jaques-Dalcroze organiza o método da Ginástica Rítmica que propunha a partir do ritmo e musicalidade corporal um caminho para a harmonia físicoespiritual que estaria em decadência com a rotina da vida moderna. Dalcroze estudava o movimento à partir da música, considerando ser um caminho para desenvolver a percepção musical e expressão do gesto. Mary Wigman que foi sua aluna, apesar de formada, acreditava que o corpo era por sí potente sem dependência da música.