A performance abrange a idéia de prática corporal como transmissão de conhecimentos ou saberes, a mobilidade do jogo está na atividade do performer, no discurso do corpo que dança. Historicamente o corpo tem sido adequado às necessidades sociais, à cultura de uma determinada sociedade em que está inserido. Apesar da crença do movimento ser sempre único e feito sempre pela primeira vez, em restaurações, ele não nasce apenas da criação individual de quem o pratica. O movimento é um "modo de ser socialmente construído, culturalmente transmitido e existencialmente aceito" (SCHECHNER, 2002: 29). É como se estivéssemos improvisando em infinitas variações, com um tema pré - estabelecido. Tal fenômeno é entendido pelo fato deste ato performático ser simbólico e, como tal, rico de conotações e plural em significados. O performer, ao dançar resgata determinadas formas de utilização deste corpo, revelando a sua história social e, ao mesmo tempo dá conta da relação consigo mesmo, da sua subjetividade. Este duplo aspecto está presente tanto na forma de dançar mais espontânea partindo do improviso, a dança livre, como em danças sob controle total, preso a técnicas e métodos corporais altamente especializados e rigidamente pré-estabelecidos e coreografados. O corpo é matriz histórica e subjetiva ou como atualmente é discutido por Ligiéro, motriz da memória (2008, n/publicado).
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