Esta palestra demonstrativa pretende tecer um espaço de dialogia entre uma educadora-pesquisadora, uma coreógrafa-pesquisadora, um criador-intérprete e o público, visando levantar e problematizar diferentes discursividades sobre as relações estabelecidas entre corpo, diferença, ação política e emancipação, a partir da discussão sobre processos e resultados cênicos que envolvem dançarinos com e sem deficiência. Para tanto, serão apresentados registros videográficos dos espetáculos “O canto de Cada um”, do Grupo X, e “Judite quer chorar, mas não consegue”, de Edu O., com o intuito de compreender a ação artística como um possível espaço emancipatório para o artista com deficiência. Além dos registros coreográficos será utilizada a improvisação no ato da encenação, a qual se baseará em proposições construídas a partir da interferência do público e/ou com consignas elaboradas pelos dançarinos no momento da cena. Essa proposta pretende apresentar outros modos de se compreender e construir nexos entre corpo, dança e diferença, distanciando-se de abordagens hegemônicas presentes em obras coreográficas, nas quais a inserção do dançarino com deficiência é abordada a partir da perspectiva da normalidade, superação ou comoção. Assim, compreendemos que a dança como ação política é um potencial espaço de emancipação e de transgressão para o dançarino com deficiência. Palavras-chave: dança; diferença; emancipação; ação política; corpo.
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