Esta dissertação parte de um recorte lingüístico, privilegiando as famílias não-guarani do tronco tupi, para propor a discussão de algumas questões, cujo rendimento parece ser maior entre tais povos. Para este fim, no capítulo 1 faz-se uma revisão do material existente para os povos tupi, excetuando-se os tupi-guarani, para situar o leitor nesse conjunto, fornecendo informações básicas sobre as seguintes famílias lingüísticas: Arikém, Aweti, Juruna, Mawé, Munduruku, Puruborá, Ramarama, Tupari e Tupi-Mondé. No capítulo 2, discute-se os modos diversos de construção da identidade que passam por uma via paterna. A proposta é uma análise comparativa das múltiplas formas de segmentação, assim como dos mecanismos de produção do parentesco que são apropriados de maneiras diversas, porém comparáveis, pelos povos aqui analisados. Já no capítulo 3, analisa-se comparativamente os rituais Munduruku, Juruna e Tupi-Mondé com o objetivo de tratar da construção da oposição entre Nós/Outros e de suas inversões. Além disso, a proposta também é a de analisar certos elementos que funcionam como elementos-chave para os rituais, quais sejam, o porco para os Cinta-Larga, o cauim para os Juruna e a cabeça tomada ao inimigo para os Munduruku. Um último item será dedicado à figura do porco que ocupa um lugar privilegiado no imaginário dos tupi não-guarani.
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