O pressuposto básico para aplicação das idéias seguintes é o trabalho violão – voz ou instrumento solista (por exemplo, violão e canto ou violão e bandolim) onde o violão deverá funcionar como uma “pequena orquestra”. Depois do piano talvez o violão seja o instrumento mais completo para reunir a competência simultânea de melodia e harmonia e, no que tange à música popular, por estar historicamente adequado aos formantes inerentes aos estilos dessa música popular. O trabalho “solista” do violão dentro do arranjo é vastamente enriquecido pelo conhecimento do seu repertório solista popular. Tanto melhor para o arranjo se aquele que o elabora tocou, analisou as obras de um João Pernambuco, Dilermando Reis, Garoto, Baden Powell, Guinga, Armandinho, Nicanor Teixeira – somente para citar alguns; e estendeu sua técnica ao estudo dos compositores que escreveram na área erudita com base na música urbana – como Villa-Lobos, Gnattali. De fato, independente da área de preferência, tocar o repertório do “velho pinho” é crucial, na minha visão, para a inventiva do arranjo. Porque no repertório estão as soluções segundo as quais os compositores conceberam a relação melodia-acompanhamento(realização da harmonia).
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