Os Violões Que Se Cansaram

Os Violões Que Se Cansaram

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Detalhes

  • Categoria: Violão
  • Autores: desconhecido
  • Quantidade de Páginas: 2
  • Data de Inclusão: 28/12/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 282 KB

O que deu nesses meninos? Quando eu era adolescente, lá pelos idos de 1969, não se falava de outra coisa no mundo do violão. Os irmãos Abreu eram tudo, o Sérgio com 21, o Eduardo com 20, prestes a serem aclamados os melhores do mundo. Seus LPs eram venerados nos círculos violonísticos do país e da região, de Poços a São João da Boa Vista. Lembro-me até hoje, fazendo serenata para a namorada na praça de São João, acompanhado pelo jovem violonista Sérgio Assad, que se mudara para o Rio de Janeiro e prometia fazer carreira, junto com seu irmão Odair. Sérgio já impressionava pelo virtuosismo. Mas tudo o que ele queria na vida era chegar perto, apenas perto dos irmãos Abreu, porque suplantá-los, nem ousava sonhar. Seu Assad, pai dos irmãos, juntou a trouxa e mudou-se para o Rio apenas para que os irmãos pudessem se tornar alunos da mesma Adolfina Raitzin de Távora, que burilara os irmãos Abreu. O grande Isaías Sávio, o maior mestre do violão brasileiro do século, e que freqüentava nossa casa, em Poços, ficou injuriado de não ter os meninos entre seus alunos. Mas o sonho do seu Assad era que os filhos pudessem seguir a trilha dos irmãos Abreu. O primeiro professor dos irmãos Abreu foi seu avô, Antonio Rebelo, da geração de brilhantes violonistas do Rio, ao lado de Luiz Bonfá, todos discípulos do mestre Sávio. A segunda mestra foi Adolfina, figura extraordinária, das alunas prediletas do maior mestre de violão do século, o espanhol André Segóvia (1893-1987). Com ela, os irmãos aprenderam técnica e interpretação.

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