A principal propostas da pesquisa foi reinterpretar a história do violão carioca entre os anos de 1900 a 1930. A música composta para violão, no período, foi pouco debatida, sendo que um dos poucos violonistas que ficou conhecido foi João Pernambuco. Contudo, com o levantamento de partituras e gravações de peças compostas para violão solo e peças para violão acompanhado de violão ou piano, foi possível encontrar vários compositores que estavam praticamente esquecidos. Algumas das gravações encontradas nesse levantamento foram analisadas através da fenomenologia, o que possibilitou recuperar alguns aspectos da técnica e estética sóciomusical da época. Esta análise possibilitou uma comparação entre as músicas de João Pernambuco e os demais violonistas o que revelou uma série de qualidades musicais do universo violonístico da época. Com isso, a pesquisa contribuiu para uma revisão de alguns aspectos sócio-musicais que envolveram o violão no Rio de Janeiro. Um dos pontos importantes, debatidos por esta pesquisa, é o que diz respeito ao desaparecimento do violão, nas primeiras décadas do século XX, dos “salões”. As observações da pesquisa levaram a constatação de que o discurso que procurava banir os violão dos grupos sociais “respeitáveis”, não correspondia à prática musical da cidade.
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