Uma Introdução à Crítica de Adorno à Música Popular

Uma Introdução à Crítica de Adorno à Música Popular

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Detalhes

  • Categoria: Teoria Musical
  • Autores: Luís Gustavo Guadalupe Silveira
  • Quantidade de Páginas: 8
  • Data de Inclusão: 22/12/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 113 KB

A crítica da racionalidade contemporânea realizada pelo pensador Theodor W. Adorno abrangeu também temas da Filosofia da Arte, sem perder de vista a preocupação com a Filosofia Social, marca da Teoria Crítica. A análise da Indústria Cultural ocupou lugar importante em sua filosofia, entendida como um dos mecanismos de alienação no sistema capitalista e de abrandamento do ímpeto revolucionário. A Indústria Cultural realiza sua função ao criar necessidades artificiais de consumo e criar vínculos sociais em torno deste mesmo consumo, ao promover momentos de relaxamento e descanso do trabalho penoso e monótono para revigorar os indivíduos para aquele mesmo trabalho, ao reforçar imagens estereotipadas e conservadoras, de fácil acesso a todos, ao reprimir e recalcar a imaginação oferecendo cultura sem esforço, ao impregnar o ócio com os elementos da lógica mecanizada do trabalho, ao tratar a cultura como mercadoria. Como produção cultural que faz parte deste contexto, a música popular foi analisada por Adorno em diversos textos, dos quais serão especialmente alvo de atenção “Sobre a música popular” (1941) e “O fetichismo na música e a regressão da audição” (1963). Este trabalho tem o objetivo de apresentar algumas idéias do filósofo sobre a música popular, sua relação com o ouvinte/consumidor e as conseqüências de sua audição, explicando alguns conceitos centrais de sua análise: estandardização, pseudo-individuação, identificação, regressão da audição, fetichismo na música, despeito. No presente momento, em que as únicas questões aparentemente relevantes sobre a música popular dizem respeito à pirataria, ao preço elevado dos CDs e DVDs, à internet e ao mp3, uma visita aos textos de Adorno pode trazer aos artistas, produtores de cultura e ouvintes uma perspectiva mais profunda sobre a mercantilização da arte.

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