Uma das bases da música de Elliott Carter é o contraponto não imitativo. Sua técnica contrapontística busca a superposição de planos sonoros diferenciados pelo andamento, conteúdo interválico e caráter expressivo. Entretanto, o conceito de contraponto não se restringe a partes 1 independentes; ele é estendido a contraponto de grupos. Há exemplos anteriores na história, como a polifonia coral veneziana de fins do século XVI2 . Bem mais próximo a Carter está a obra de Charles Ives, que explora o contraponto de “músicas independentes”. Na música de Carter o contraponto de grupos é recorrente. Citamos algumas obras para ilustrar esse ponto: