Os esboços e manuscritos dos compositores, ou seja, os suportes textuais de suas obras, são os elementos materiais suficientes para a área que se tem convencionado chamar de crítica genética. Na musicologia do Brasil um dos aspectos pouco mais conhecido deste tipo de pesquisa é a edição crítica que, a bem dizer, é passível de análise ainda que não se tenha acesso aos autógrafos do artista. Assim, grosso modo, poderíamos definir a edição crítica como o estudo da metamorfose gradual de certos manuscritos que foram sendo submetidos a cópias ou edições periódicas, definição que visa, didaticamente e por oposi- ção, caracterizar também a crítica genética em música. A riqueza documental de certos acervos possibilita, entre outros, conhecer o pensamento criador do artista, conhecimento este que tem desdobramentos teóricos e práticos.
Copyright © 2024 CliqueApostilas | Todos os direitos reservados.