As Doze Valsas de Esquina de Francisco Mignone estão impregnadas pela atmosfera romântica e seresteira dos chorinhos e serenatas e seus instrumentos mais característicos, a flauta e o violão. O compositor se inspirou nas lembranças de sua juventude, quando compunha e tocava música de gêneros populares em cinemas e bailes e fazia serenatas pelas esquinas de São Paulo. Esses elementos improvisativos e traços da música popular e da valsa nacionalizada foram trazidos para a música erudita, servindo ao forte movimento nacionalista do Modernismo Brasileiro, da época. Esse trabalho pretende identificar algumas dessas características de improvisação e traços da música popular presentes nas valsas, e mostrar a importância do seu reconhecimento e de um contato prévio do intérprete com esse gênero de música, para a interpretação.
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