Partindo da observação de que a esquina é, ao mesmo tempo, local de aglomeração e de passagem, propomos neste artigo a análise de algumas canções dos LPs Clube da Esquina (1972) e Clube da Esquina 2 (1978), demonstrando que a obra do grupo mineiro pode ser lida como uma Literatura de Viagem sui generis. Esse caráter residiria nas letras, em imagens como “trem”, “estrada”, “poeira”, “ventania”, etc, indicativas de deslocamento e de instabilidade, e também no plano musical, por meio da diversidade de timbres e estilos, que nos transportam das paisagens andinas ao interior de Minas Gerais, de Liverpool à África.
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