Em setembro de 2008 ingressei no projeto Universidade Sem Fronteiras – Apoio ás licenciaturas, do qual participei até dezembro de 2010. Formamos uma equipe de três professores, um profissional recém-formado, e cinco graduandos, desenvolvemos pesquisas nos municípios de Guaraniaçu, Catanduvas, Campo Bonito, Ibema e Três Barras. Em uma das idas a campo em Catanduvas estávamos realizando entrevistas com os moradores da localidade para produzir materiais sobre a história da região, quando fomos visitar um senhor que todos chamavam de Seu Juca. Diversas pessoas nos recomendaram entrevistá-lo, alegando que esse senhor era a pessoa mais idosa do município, uma das primeiras pessoas a serem registradas em Catanduvas, cidade do interior paranaense, e que, além de tudo, esse senhor havia presenciado a revolução de 1924. Curiosos e acreditando estar diante de uma fonte rica de informações, procuramos Seu Juca. Ao entrarmos em sua casa, logo percebemos sinais da devoção daquele senhor. A parede da sala era coberta por inúmeros quadros e neles encontravam-se fotografias de suas viagens à Basílica de Nossa Senhora Aparecida. Realizamos a entrevista com seu Juca e em todo seu relado ele nos expressou sua fé e devoção, citando a organização da festa de São Cristovão, iniciada por ele, relatando suas viagens a Aparecida do Norte, seus anos de direção da Igreja, e seus costumes diários de reza.