A preocupação mundial atualmente se volta para o aquecimento global. O homem fez da tecnologia uma arma disparada contra si mesmo. A ecologia como uma dimensão moral é uma novidade de nosso tempo se olharmos a história do ocidente. A concepção judaico-cristã de homem faz um corte entre seres humanos e natureza. O homem não é visto como natureza, mas como um sujeito supra-natural posto no cosmo. E este mundo se tornou o seu utensílio de satisfação de sua vontade de poder. A gênese do capitalismo sacralizou essa antropologia (visão de homem) e acentuou a superioridade da razão, dando condições para que a natureza fosse explorada sem controle. Até o início da modernidade questões como meio ambiente e uso responsáveis dos recursos naturais não eram cogitados como aspectos morais. A técnica e o capital não permitiam pensar na finitude dos bens naturais. Somente a partir da década de 70, aparecem os primeiros índices de uma consciência ecológica. Representa esta revolução ecológica o surgimento da permacultura. O termo vem da expressão “agricultura permanente” e consiste num método de organização humana ambientalmente sustentável com viabilidade financeira e equilíbrio social. O sistema foi criado pelos ecologistas australianos Bill Mollison (1928) e David Holmgren (1955) na década de 70. A sustentabilidade ecológica e humana é a base das comunidades permaculturais. Reúnem práticas agrícolas, arquitetura bio-sustentável, saneamento básico e toda estruturação da vida em harmonia com o meio.
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