Pretende-se, aqui apresentar uma primeira reflexão, ainda em fase exploratória, sobre um estudo que venho desenvolvendo cujo tema é a alimentação no movimento alternativo. O ato de alimentar-se não é um objeto de interesse recente da Antropologia, como mostrou Mintz (2001). Estudos etnográficos sobre os modos de vida de populações específicas e que descreviam seus hábitos alimentares, já foram realizados inclusive por autores clássicos dessa área como Evans-Pritchard (2002). Tratada sob outro viés, a alimentação também tem espaço na obra de Lévi-Strauss (2004) quando este autor enxerga nos modos práticos de se tratar o alimento – comê- lo cru, assado, cozido ou defumado – o simbolismo que expressa a estrutura interna das sociedades. Além disso, esse tema vem instigando debates na Antropologia contemporânea, visíveis, por exemplo, nos trabalhos de Collaço (2003) em um estudo sobre os restaurantes de comida rápida.
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