A Psicologia Humanista norte-americana surgiu há cerca de cinqüenta anos, apresentando-se como uma terceira força capaz de fazer frente ao que julgava ser uma desumanização determinista da imagem de ser humano promovida pelo Behaviorismo e pela Psicanálise. Apresentando sua versão do objeto da Psicologia como dotado de um nível de liberdade, criatividade e pró-atividade, os principais representantes da Psicologia Humanista se recusaram a abandonar o método experimental, proclamando a sua abordagem como aderida à ciência moderna. Assim inauguraram um novo dilema, que tem acompanhado a história da Psicologia Humanista: deveria esta manter sua adesão ao método científico que não se adequa a seu objeto de pesquisa ou transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la à sua imagem de ser humano? Defende-se aqui tese de que a Psicologia Humanista, mesmo com as adesões proclamadas de Maslow e Rychlak, acabou por abandonar o método experimental para aderir a investigações finalistas. Palavras-chave: psicologia humanista; ciência moderna; epistemologia da psicologia.
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