Nesta pesquisa, objetivamos refletir sobre a política de ensino de língua no Brasil, nas últimas três décadas, e sobre sua concretização na prática escolar, buscando investigar a relação entre teoria e prática. Para tanto, com base nos estudos realizados por Bagno, Gnerre, Geraldi, Marcuschi, Saviani, entre outros pesquisadores, analisamos os pressupostos teóricos subjacentes às Leis de Diretrizes e Bases nº 5.692/71 e nº 9.394/96, bem como o instrumento que norteia a operacionalização desta última LDB, atualmente em vigor: os Parâmetros Curriculares Nacionais. Feitas as considerações teóricas, procedemos à análise de entrevistas realizadas com professores de língua portuguesa que atuam há pelo menos vinte e cinco anos, tendo estado, portanto, sob a égide de ambas as leis. Nosso objetivo foi verificar o reflexo dessas diferentes políticas na prática pedagógica declarada pelos professores. Os resultados da pesquisa apontam que os professores entrevistados, em sua maioria, não estão sintonizados com a evolução política ocorrida na educação brasileira, e continuam a efetivar uma prática concernente à concepção de linguagem preconizada pela LDB 5.692/71, num claro desencontro entre teoria e prática. Palavras-chave: política educacional; ensino de língua portuguesa; prática docente
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