O consumo desequilibrado dos recursos naturais, sem a preocupação com as futuras gerações faz com que cada país lute pela sua sobrevivência e pela prosperidade quase sem levar em consideração o impacto que causa sobre os demais. Alguns consomem os recursos da Terra a tal ritmo que provavelmente pouco sobrará para as gerações futuras. Outros em número muito maior consomem pouco demais e vivem na perspectiva da fome, da miséria, da doença e da morte prematura. É possível chegar a uma nova era de crescimento econômico, fundamentada em políticas que mantenham e ampliem a base de recursos da Terra; o progresso que alguns desfrutaram no século passado pode ser vivido por todos nos próximos anos. Mas, para que isso aconteça, temos que compreender melhor os sintomas de desgaste que estão diante de nós, identificar suas causas e conceber novos métodos de administrar os recursos ambientais e manter o desenvolvimento humano. Para nossa surpresa, a própria pobreza polui o meio ambiente também, criando outro tipo de desgaste ambiental. Para sobreviver, os pobres e os famintos muitas vezes destroem seu próprio meio ambiente: derrubam florestas, permitem o pastoreio excessivo, exaurem as terras marginais e acorrem em número cada vez maior para as cidades já congestionadas. O efeito cumulativo dessas mudanças chega a ponto de fazer da própria pobreza um dos maiores flagelos do mundo.
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