A magia surge como algo que é indispensável ao ser humano, libertando-o dos seus males e angústias. Muitas das doenças tinham como explicação a intervenção diabólica e, contra esta, o exorcismo era considerado o ritual mais eficaz. Todavia, como refere A. D. White, «a noção da possessão diabólica implantou-se solidamente em toda a christandade, desde o papa até ao aldeão mais obtuso, popularidade pela imagem, pelo predica e pela propria Biblia».3 Apesar da possessão demoníaca e dos exorcismos serem, inicialmente, criticados pelo Cristianismo, a Bíblia apresenta vários casos e, ao longo da História do Cristianismo, verifica-se que a própria Igreja acabou, de certa forma, por renunciar às explicações científicas, adoptando a crença da possessão demoníaca no ser humano. Esta crença foi desenvolvida a partir de diversos factores, de entre eles, os textos bíblicos, as ideais apresentadas por alguns Padres da Igreja e pela filosofia platónica. As ideias circularam rapidamente, levando os teólogos a entenderem as doenças do foro psicológico e neurológico, por exemplo a histeria e a loucura, como casos de possessão demoníaca.
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