O ideal mais elevado de uma cura é restabelecer a saúde de maneira rápida, suave e permanente, ou tirar e destruir toda a doença pelo caminho mais curto, mais seguro e menos prejudicial, baseando-se em princípios de fácil compreensão. (1).- A sua missão não é, porém, inventar os chamados sistemas. Misturando ideias ocas e hipóteses sobre a natureza intima dos processos vitais e a maneira com se geram as doenças no interior invisível do organismo (sobre a qual tantos médicos até agora têm gasto ambiciosamente as suas energias intelectuais e o seu tempo); nem tão pouco tratam de dar um número de explicações em respeito aos fenómenos morbosos (que causam doença) e a sua causa próxima (que permanecerá sempre oculta) envolvidas em palavras que não se podem entender e em expressões abstractas, aparentes e pomposas, que publicam inúteis saberes vastos, com o fim de fascinar os ignorantes – enquanto os doentes suspiram inutilmente – por socorro. Temos tido já suficientes desvairos científicos (que se deu o nome de medicina teórica, e para a qual se instituíram cadeiras especiais), mas já é tempo de que todos os que se chamam médicos parem, ao fim, de enganar a humanidade que sofre, com inútil palavrório, e comecem agora, de uma vez a trabalhar, quer dizer, a aliviar e a curar realmente.
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