Habronema muscae Carter 1961, é um parasita de cavalos, pôneis, jumentos e zebras. A forma adulta vive sobre as mucosas com sua região cefálica introduzida no tecido. Os ovos são compridos e finos e contém larvas que são liberadas sobre feridas ou dentro do estômago por ingestão acidental onde a maturidade é atingida dentro de dois meses. O efeito do ozônio sobre a pele acontece pela reação com ácidos graxos poliinsaturados e água presentes no stratum corneum, gerando espécies reativas de oxigênio e lipooligopeptídeos como peróxido de hidrogênio, que são parcialmente reduzidos pela glutation oxidase, superóxido dismutase, catalase, isoformas de vitamina E, vitamina C, glutation, ácido úrico e ubiquinol, ou serem parcialmente absorvidos via endovenosa e por capilares linfáticos. Uma égua com aproximadamente 3 anos de idade e raça indefinida apresentando extensa ferida rostral localizada no antímero direito entre o olho e narina, com suspeita clínica de habronemose cutânea, foi tratada com uso tópico e sistêmico de ozônio. Para tratamento sistêmico foi utilizada autohemoterapia maior ozonizada através de duas aplicações por semana. Para tratamento tópico da lesão fez-se uso diário de duas aplicações de água e óleo ozonizados. Manifestações de dor, efeitos colaterais indesejáveis ou intolerância ao ozônio não aconteceram no decorrer do tratamento. Observou-se gradativa formação de tecido de regeneração em substituição a pele necrosada, com rápida redução da área afetada e decorridos dois meses de tratamento, a regeneração tecidual e cicatrização de quase toda a superfície lesada apontam para a cura clínica do animal.
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