Jogos de Linguagem

Jogos de Linguagem

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Detalhes

  • Categoria: Jogos
  • Autores: Artur Alves
  • Quantidade de Páginas: 10
  • Data de Inclusão: 02/11/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 145 KB

conceito de jogo de linguagem, introduzido por Wittgenstein, mostra-se essencial para uma filosofia da linguagem, bem como para uma filosofia da comunicação. Sobre ele assentam, aliás, uma série de concepções centrais para toda o conjunto de formulações elaboradas em torno das perspectivas pragmáticas da comunicação. Linguistas devedores de Wittgenstein, como Austin, Searle e Grice, situam-se nesta linha - cada um deles construindo uma formulação própria do conceito de jogo de linguagem - apresentam uma interpretação desta noção exposta por Wittgenstein nas Investigações Filosóficas. Assim, esta ideia está presente no conceito de acto de linguagem, ou speech act. O pano de fundo destas ideias é constituído pela ideia que a linguagem é um acto, uma acção, em que estão envolvidas dimensões comportamentais, psicológicas e mentais, tanto conscientes como inconscientes. Assim, afirmar o jogo de linguagem é negar a deficiência de teorias como a de Russel e Quine (e também, embora de modo diferente, do Wittgenstein do Tractatus Logico-Philosophicus), baseadas em concepções semânticas, em que a linguagem é tomada como reflexo do valor de verdade do mundo e, assim, privilegiam a função descritiva da imagem. A alternativa é reflectir sobre o valor performativo da linguagem, i.e., sobre a dimensão ilocutória que subjaz a grande parte da comunicação linguística. A função constativa da linguagem tem, assim, pouco interesse para uma teoria comunicacional, face à relevância da interacção e transacção de sentido intencionais presentes nos actos de linguagem. Neste curto ensaio, serão desenvolvidas duas questões. A primeira diz respeito à defini- ção e delimitação do conceito de jogo de linguagem, na concepção de Ludwig Wittgenstein exposta ao longo das Investigações Filosóficas. Aqui, é de particular importância a noção de regra ou norma de uso, como “indicadores” que instituem o uso e aprendizagem da linguagem. A segunda parte será dedicada à exploração das noções de forma de vida e background, nas formulações do filósofo austríaco e de John Searle, sendo particularmente relevante para tal estudo a abordagem das interdependências e interacção na construção de uma comunidade linguística

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