Você sabe o que é just-in-time seqüencial? Parece um palavrão, mas não é. Trata-se de um sistema pelo qual o fornecedor entrega seus produtos na linha de montagem no horário e na ordem combinados com o cliente. Vantagem: o cliente trabalha sem estoques, com custo zero de inventário. É coisa de japonês, certo? Errado: a despeito do caos do trânsito de nossas cidades (quem disse que no Japão o tráfego flui melhor?), o sistema pode funcionar no Brasil. Confira. Todos os dias eles fazem tudo sempre igual. Às dez para sete da manhã começa o turno de trabalho na Ford, no bairro de Taboão, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Simultaneamente, a 11 quilômetros dali, inicia-se também a jornada na Johnson Controls, fornecedora exclusiva de bancos para os carros da montadora. Daí em diante, a vida das duas empresas é totalmente sincronizada, inclusive o horário de almoço. A semelhança na programação dos relógios de ponto tem uma explicação. A Johnson Controls faz parte do restrito grupo de fornecedores da Ford, integrado por empresas como a Goodyear e a Plascar, que opera no sistema conhecido como just-in-time seqüencial. Traduzindo: ela fabrica e entrega seus produtos no local, horário e ordem rigidamente combinados com o cliente. A pontualidade é o ponto forte da parceria. Da linha de produção da Johnson até a fábrica da Ford, o conjunto de bancos - os dois dianteiros e o traseiro - pode demorar, no máximo, 120 minutos.
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