O Liberalismo Francês

O Liberalismo Francês

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Detalhes

  • Categoria: História
  • Autores: Ricardo
  • Quantidade de Páginas: 253
  • Data de Inclusão: 01/12/2016
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 2.120 KB

Devido a uma série de coincidências históricas perversas, praticamente perdemos os vínculos com os grandes centros do pensamento liberal no exterior, que era justamente uma das características marcantes da tradição liberal brasileira, desde os seus primórdios. Enumero-as esquematicamente: a liderança da oposição ao Estado Novo passou às mãos de uma facção católica, que não tinha uma noção clara da política social dos liberais, muito distanciada da que professavam, haurida em Encíclicas Papais, liderança que ocupou os postos-chave da União Democrática Nacional (UDN), passando a representar a corrente liberal no interregno democrático pós Estado Novo (1945-1964); morte de Armando de Salles Oliveira (1887/1945) ao tempo em que Júlio de Mesquita Filho (1892/1969) devia dar prioridade à recuperação de O Estado de S.Paulo, ocupado durante o Estado Novo, enfraquecendo a liderança liberal paulista; e, mais grave que tudo, o grupo de oficiais que apostava na profissionalização do Exército acabou contribuindo, em 64, para levar ao poder aquele segmento da elite militar que, sendo basicamente de formação positivista, não tinha o menor apreço pelo sistema representativo. De tudo isto resulta que, no início da década de setenta, não se falava mais em liberalismo. A crença generalizada era a de que a democracia representativa e o capitalismo haviam fracassado. Ninguém prestava atenção à pujança americana nem ao fato de que, afinal, na Europa Ocidental, depois de marchas e contra-marchas ao longo do século, empreendeu-se decididamente a rota da consolidação do sistema democrático, com exceção de Portugal e Espanha, que ainda na década iriam trilhar aquele caminho.

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