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Este trabalho visa investigar as possibilidades de utilização de discursos áudio-imagéticos no processo de construção da História, em especial no domínio da educação. A investigação foi realizada em três etapas: 1) vasta revisão bibliográfica acerca das problemáticas ligadas às Novas Tecnologias de Informação e Comunicação – NTIC (sobretudo as audiovisuais) e sua relação com a educação e a epistemologia da História; 2) investigação de campo em instituições educacionais sobre experiências de utilização de audiovisuais no processo de ensino-aprendizagem da História; 3) análise de discursos históricos áudio-imagéticos (filmes, vídeos, cd-roms e WWW). Acredita-se que a ciência e a educação estejam vivendo nessas últimas décadas uma crise de paradigmas sem precedentes, fruto da inadequação de seus corpus teóricos e epistemológicos às novas configurações de mundo, oriunda do impacto das NTIC e de outras transformações vividas ao longo das últimas décadas nos domínios da cultura, da política e da economia. No que concerne ao universo histórico, postula-se a idéia de que a incorporação dos discursos áudio-imagéticos no processo de construção da História (tanto a nível acadêmico quanto escolar), como fundamento de novas formas discursivas, semiológicas e epistemológicas de se construir o passado, pode vir a se constituir num dos caminhos que pode levar à superação do atual estado de crise. No entanto, trata-se de uma idéia que ainda se encontra distanciada da realidade prática na qual se encontra atualmente a pesquisa e o ensino histórico. Constatou-se um distanciamento ainda grande (embora nos últimos anos ele venha diminuindo) dos universos acadêmicos e educacionais da História em relação aos discursos audiovisuais. A maior parte da produção historiográfica e do ensino da História (em praticamente todos os níveis) é realizada apenas através de discursos escritos e/ou orais. Nas poucas experiências em que os audiovisuais são utilizados por pesquisadores, professores e alunos de História, esse uso se faz por meio de uma perspectiva instrumentalista, que enxerga o audiovisual como mero recurso auxiliar didático e/ou investigativo, subordinado aos parâmetros narrativos e semiológicos da escrita.
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