Quando se estuda a Revolução Francesa, é impossível não ficar impressionado com a flagrante contradição entre suas trilogia mágica - Liberdade, Igualdade, Fraternidade - em nome da qual se fez a Revolução, e os fatos que dela resultaram. Até mesmo o leitor mais hipnotizado pelos slogans revolucionários se perturba ao ver o paladino da igualdade, Robespierre, praticamente fazer-se adorar na festa do Ser Supremo, em 1794. O mais cego liberal tem que fazer restrições aos crimes de terror, e fica estupefato ante a intolerância absoluta gerada pelo triunfo da Tolerância e da Liberdade. Como não ver que a Fraternidade romântica e sonhadora de Rousseau e de seus adeptos, a sociedade perfeita, pacífica e amorosa, finalmente realizada em 89, produziu o ódio e a guerra?
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