A guitarra elétrica é um instrumento de corda, criado em 1930 nos Estados Unidos com um som muito diferente do que é hoje. As principais diferenças entre uma guitarra e um violão são: forma de captação das vibrações das cordas e ausência de uma caixa de ressonância, necessitando assim de amplificadores para propagação de seus sons. O surgimento deste instrumento se deu a partir da necessidade que grandes ambientes – salões de dança e shows em recintos abertos – fossem “preenchidos” pelos sons. Uma tentativa frustrada foi modificar algumas características do violão (cordas mais grossas, caixas de ressonância maiores). Foi então que George Beauchamp e Adolph Rickenbacker com a invenção dos captadores elétricos (conversores de ondas de vibração da corda em pulsos elétricos – através do campo magnético) e, posteriormente, com a adoção de um corpo maciço de madeira ou derivado pelo guitarrista Les Paul, este instrumento ganhou características que possibilitaram sua disseminação pelo mundo (CASTRO, 2007). As partes que formam a guitarra são basicamente três (corpo, braço e escala), podendo ser melhor visualizadas na Figura 1. Os tipos e modelos existentes de guitarras são inúmeros, cada indústria ou “luthier” (artesão que constrói ou repara instrumentos de cordas, e que em sua maioria são autônomos) possui uma fonte de matéria-prima, desenho e, principalmente, um critério de seleção de espécies de madeira que é exclusivo, geralmente se baseando em espécies já quase extintas.