Esta monografia parte de questões levantadas anteriormente em minha monografia de final de curso na UniRio (2005), abandona questões referentes à sua não aceitação na academia e aprofunda questões teóricas que foram possíveis de ser levantadas nas aulas de Musica Popular Brasileira, ministrada pela professora Regina Meirelles no mestrado da UFRJ em 2011, além de apresentar mais dados bibliográficos e mais entrevistas de outros notáveis do objeto de estudo: a guitarra elétrica brasileira. A guitarra elétrica, instrumento de grande apelo popular desde a década de 1960 e 1970 (Gomes,2005), possui cursos superiores nos Estados Unidos desde então (Murphy, 1994 apud Gomes, 2005, p.1). No Brasil a guitarra elétrica foi associada a um tipo de música descartável e sem relação com a música popular brasileira de qualidade. Apesar disso, grandes guitarristas brasileiros conseguiram utilizar este instrumento de maneira irreparável, e sem prejuízo de identificação com a música brasileira. É o caso, por exemplo, da atuação do guitarrista Hélio Delmiro em “Elis&Tom”, Lanny Gordin em “Gal Fa-Tal”, e muitos outros. No entanto, parece que os cursos superiores de guitarra elétrica no Brasil não estão em quantidade proporcional à popularidade do instrumento, mesmo em círculos acadêmicos voltados à música popular, e ainda parece haver resistência da academia a este tipo de música e de instrumento (Lucas,1992). Seria a aparente não-identificação com a música brasileira? Assim, cabe perguntar: o que constitui uma identidade brasileira na guitarra elétrica?
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