Com base em uma análise histórica a presente pesquisa propõe a compreensão das duas funções que a flauta doce passa a ter como instrumento artístico e de iniciação musical a partir do séc. XX. Investiga como se chegou a essa dupla característica da flauta doce a fim de entender as particularidades de cada uma e as influências de uma sobre a outra. Contextualiza a sua utilização a partir do séc. XV (ilustrando o início de sua utilização artística) até o período Barroco, quando chega ao seu apogeu como instrumento solista. Após o hiato durante o séc. XIX, com seu ressurgimento, a flauta doce assume dupla função como instrumento artístico – com a conotação de instrumento histórico – e de iniciação musical, com reflexo no Brasil na década de 60. O objetivo do trabalho é apresentar a flauta doce como um instrumento artístico que também foi aproveitado para iniciação musical a partir do séc. XX, fazendo uma crítica à má utilização do instrumento no campo da educação decorrente do desconhecimento do instrumento por parte dos professores. A pesquisa é elaborada com base em levantamento bibliográfico tratando da questão histórica da flauta doce, de sua técnica e de sua utilização do séc. XV ao séc. XVIII, assim como de seu ressurgimento. Apesar de ser um instrumento muito utilizado na educação musical, é ao mesmo tempo desconhecido como instrumento solista, em seu repertório e em sua história. Sua facilidade inicial leva muitos professores a fazerem uso deste instrumento em sala de aula mesmo sem terem o conhecimento do mesmo, prejudicando assim a aprendizagem musical dos alunos e o trabalho de profissionais especializados no instrumento.
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