Contudo, a exposição não tem caráter puramente descritivo das descobertas cronologicamente acumuladas, mas procura salientar as influências recíprocas entre as personalidades mais representativas e suas idéias sobre a origem e o desenvolvimento dos métodos e técnicas mais importantes, que contribuíram na formação da Estatística como disciplina autônoma, numa perspectiva integrada à própria história da ciência. Não é tarefa fácil saber quando se originou a história de qualquer ramo do conhecimento, pois isso vai depender do conceito que fizermos dele e que, naturalmente, evoluirá no decorrer do tempo. A história da Estatística bem confirma esta asserção. Ainda hoje, no conceito popular a palavra estatística evoca dados numéricos apresentados em quadros ou gráficos, publicados por agências governamentais, referentes a fatos demográficos ou econômicos. A etimologia da palavra, do latim status (estado), usada aqui para designar a coleta e a apresentação de dados quantitativos de interesse do Estado, bem reflete essa origem. Entretanto, a mera coleta de dados assim apresentados está longe de ser o que entendemos, hoje, por Estatística. Na verdade, sua feição essencial é a de ser um conjunto de métodos (métodos estatísticos), especialmente apropriado, no dizer de George Udny Yule (1871 – 1951), ao tratamento de dados numéricos afetados por uma multiplicidade de causas. Esses métodos fazem uso da Matemática, particularmente do cálculo de probabilidades, na coleta, apresentação, análise e interpretação de dados quantitativos.
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