A reflexão desenvolvida neste texto volta-se para a complexa rede de interferências que o trabalho do engenheiro civil provoca na vida e na organização das diferentes sociedades. Este fato nos leva a refletir o quanto a formação destes engenheiros pode reforçar os aspectos negativos ou positivos dessas intervenções. Desse modo, a proposta deste artigo é buscar apontar alternativas para um ensino de engenharia que vá além da questão eminentemente técnica voltando-se também para as repercussões mais abrangentes envolvidas nas obras que eles desenvolvem. Neste direcionamento, inicialmente procura-se, como que usando uma lupa focada em uma obra de engenharia, visualizar uma parte do complexo emaranhado de repercussões do trabalho do engenheiro civil, considerando, a partir disso, a necessidade de se repensar sua formação. Com essa perspectiva trabalha-se propostas de diversos autores para a educação tecnológica e/ou de engenharia, buscando possibilidades de produzir, a partir de algumas mudanças estruturais nos currículos e na formação dos corpos docentes, um ensino de engenharia que tenha como objetivo maior formar profissionais técnicos, porém conscientes da pertinência de seu trabalho na complexidade da sociedade.
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