O ambiente das escolas de engenharia é o termômetro indicativo do desenvolvimento nacional. Na década de 70, época do milagre econômico, quando no Brasil tínhamos algo em torno de 250 cursos de engenharia, dos quais 150 públicos, a temperatura associada era elevada, tal era o grau de agitação da profissão em face do acelerado desenvolvimento industrial da época. A procura por um curso de engenharia pelos jovens era grande, e a qualidade dos cursos era alta, pois estava parametrizada no nível de qualidade das escolas tradicionais de engenharia, dentre as quais incluo a Escola Politécnica da USP, a Escola de Engenharia da UFRJ, o ITA, fonte de inspiração da Faculdade de Engenharia Elétrica da Unicamp, a FEI e a Mauá, entre outras. Proliferava o emprego estatal sem concurso, e os grandes projetos eram os de infra-estrutura básica, tais como: Ponte Rio-Niterói, Metrô de SP, infra-estrutura básica de telecomunica- ções, Complexo Urubupungá e Angra dos Reis. Investimentos em tecnologia de ponta também foram observados, todos com apoio total governamental, tais como o Bandeirante da Embraer, o Patinho Feio da Escola Politécnica da USP e o Proálcool.
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