Muito se fala sobre as novas práticas educativas que os professores devem utilizar para conseguir chegar até ao aluno, ou seja, desenvolver a aprendizagem significativa. Mas estas posturas não são tão novas assim, têm as suas origens em John Dewey e que se reafirmaram no movimento escolanovista. Aparentemente, estas metodologias parecem ter até um verdadeiro sentido de razão, mas por trás delas se escondem o desprezo pelo conhecimento, o relativismo e, muitas vezes, o anticientificismo. Mas como isto se procede? Em primeiro lugar, quando se parte do que o aluno conhece, de seu conhecimento tácito – baseado na realidade dos educandos – está se deixando de envolvê-lo na produção cultural realizada pela humanidade, em todos os seus caminhos, deixando que este conhecimento do imediato, muitas vezes, se configure na realidade prática dos educandos, não há, portanto, a saída do comum. E o conhecimento não é isto, não tem – por si só – uma raiz na prática, na finalidade, no pragmatismo. Não tem objetivamente que servir para algo. O conhecimento é por si só o conhecimento, é toda produção histórica, cultural, tecnológica, científica e artística realizada pela humanidade. Se por um acaso me pedem para dizer qual a finalidade de aprender a teoria da evolução, eu respondo: não há finalidade, não há uma razão utilitária para isto, a não ser a descrença no criacionismo. Um motivo que equivale à realidade, ao cotidiano, torna o conhecimento pragmático. Assim, não há motivos práticos em se aprender a teoria da evolução, apenas a cultura humanística.
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