Na edição anterior falamos um pouco sobre o efeito da fragmentação nas espécies de fauna e flora. Contudo, esse fenômeno não é o único que prejudica as espécies nativas, a introdução de espécies exóticas também ocasiona um impacto negativo sobre as áreas naturais. No Brasil, a introdução de novas espécies começou desde seu descobrimento, quando os portugueses iniciaram seu desbravamento pela nova terra. Eles traziam consigo espécies vegetais que serviriam de alimento, como árvores frutíferas (laranjeiras, limoeiros, figueiras), hortaliças (alface, couve, pepino, tomates, inhames) e condimentos (hortelãs, funcho, manjericões, pimentas). Muitas dessas espécies conseguiram se adaptar às várias regiões do Brasil, permitindo sua produção até hoje. Em 1808, D. João criou o Jardim Aclimação no Rio de Janeiro, com o objetivo de aclimatar as especiarias. No mesmo ano passa a se chamar Real Horto, onde espécies com destino à ornamentação foram introduzidas. Desde então, o cultivo de espécies exóticas se alastrou por todo país, entre elas estão palmeira-imperial (Roystonea oleracea), cróton (Codiaeum variegatum), hibisco (Hibiscus rosa-sinensis), murta (Murraya paniculata), entre outras. Além de inúmeras espécies utilizadas como ornamentais, algumas também foram usadas para o reflorestamento, como Eucalyptus ssp. e Pinus ssp., devido ao crescimento rápido.
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