A partir de uma crítica da "concepção metafísica da tradição" - tendência conservadora que se caracteriza pela tentativa de abstrair a cultura de seu processo histórico, desconsiderando o papel ativo do sujeito na reconstrução dos signos do passado - e da elaboração de uma "concepção dialética da tradição", entendida como praxis criadora, o trabalho analisa os diferentes projetos identitários presentes no debate sobre a música popular brasileira nas últimas décadas, enfatizando, particularmente, a estratégia contra-hegemônica do compositor Paulinho da Viola, cuja obra é marcada por um projeto de afirmação do samba, compreendido como "fala histórica", ou seja, como forma de expressão de uma visão de mundo popular subalterna.
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