O ócio, ao longo da história, vivenciou a deturpação de conceitos, vinculando-se à idéia de ociosidade, mesmo acolhido na concepção de ócio criativo. Ao pretender elucidar as diferenças conceituais de ‘tempo livre’ e ócio, se buscou o entendimento do ócio como um direito do indivíduo, sendo visto como um processo contínuo de aprendizagem, incorporado ao desenvolvimento de atitudes, valores, e competências, passando a ser reconhecido como parte integrante da educação, pontuando o fato de que a melhor fonte do ócio está no próprio indivíduo. O trabalho se desenvolveu no período de 19 meses, tendo como foco a utilização do ‘tempo livre’ pelo aluno do Curso de Direito da Universidade Tiradentes, direcionado para fora do ambiente da instituição de ensino, inserindo-se no cotidiano do aluno, das suas experiências pessoais, donde uma parte significativa de aprendizados e de conhecimentos é adquirida, e que, igualmente, permite ao indivíduo um maior envolvimento com o mundo que o rodeia. O referencial teórico utilizado para a composição da pesquisa foi sorvido da leitura do pensamento de Nietzsche, perpassando por Trilla e Puig, De La Torre, De Masi, Gerardo Vasconcelos, Morin e Thiago Sebben. O trabalho utilizou de pesquisa qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas, e os resultados indicaram, que como sujeitos da pesquisa, os alunos do Curso de Direito da Universidade Tiradentes trazem as suas experiências pessoais com o ócio, como tempo livre, desencadeando novos processos de subjetivação, por meio das sensações assumidas, provocadas por tais experiências, demonstrando uma maior amplitude do conhecimento, para enfim alcançar o seu crescimento pessoal e profissional, consolidando que a experiência do ócio como tempo livre, é uma atividade contributiva para a sua formação. PALAVRAS-CHAVE: Ócio – educação – indivíduo – autonomia – experiência
Copyright © 2024 CliqueApostilas | Todos os direitos reservados.