A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação á entidade objeto de contabilização. A contabilidade deve ser vista como um sistema de informações, cujo método consiste (simplificadamente) em coletar, processar e transmitir dados sobre a situação econômicofinanceira de uma entidade em determinado momento e sua evolução em determinado período. Partindo desse enfoque, os seus objetivos sintetizam-se na produção de informações úteis a diversos interessados. Tais interessados podem ser usuários internos e externos à empresa. Internamente, a contabilidade auxilia no processo de tomada de decisões pela administração através de um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos de gestão econômico-financeiro da empresa. De modo geral, essas informações são geradas pelo que se convencionou chamar de contabilidade gerencial. Externamente, os maiores interessados são investidores, credores e governo. Para os investidores, os relatórios contábeis mostram a situação econômico-financeira da empresa, o resultado de um determinado período e outras informações, tais como os investimentos efetuados e o que lhes cabe em termos de dividendos. Evidentemente, estas o outras informações lhes possibilitam conhecer as vantagens e desvantagens de seu investimento e decidir sobre a conveniência de mantê-lo, desfazer-se dele ou aumentá-lo. O interesse dos credores é evidente. É, também, através das demonstrações financeiras que eles decidem sobre a conveniência de emprestar ou não recursos para as empresas. As demonstrações financeiras dão uma boa idéia da capacidade da empresa de gerar recursos suficientes para a liquidação de seus compromissos nos prazos estabelecidos. Finalmente, o governo tem duplo interesse nas informações contábeis. Primeiramente, porque é baseado na contabilidade que se faz a arrecadação de quase todos os tributos. Segundo, a fixação da política econômica, fiscal e mesmo monetária pode ser (e muito) auxiliada pela análise estatística de dados contábeis disponíveis nas demonstrações financeiras. No Brasil, o controle de preços pelo CIP é um exemplo típico. Os instrumentos de política monetária como o redesconto, o tabelamento (ou não) de taxas de juros e a atuação no mercado aberto têm a sua utilização influenciada, em grande medida, pela análise de dados contábeis fornecidos pelas instituições financeiras.
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